Indicações para Angiotomografia Arterial Cervical
A angiotomografia arterial cervical (angio-TC cervical) é um exame de imagem que utiliza contraste iodado intravenoso para avaliar detalhadamente as artérias cervicais, incluindo artérias carótidas e vertebrais. É uma ferramenta valiosa para diagnosticar condições vasculares, como estenoses, dissecções, aneurismas e outras patologias relacionadas ao sistema arterial cervical.
Indicações Clínicas
1. Doenças Vasculares
• Estenoses Arteriais:
• Avaliação de estenoses em artérias carótidas e vertebrais devido a placas ateroscleróticas.
• Diagnóstico em pacientes com sopro cervical ou sintomas de isquemia cerebral.
• Placas Ateroscleróticas:
• Identificação de placas instáveis com potencial risco de embolia.
• Aneurismas:
• Diagnóstico de aneurismas das artérias carótidas ou vertebrais.
• Malformações Arteriovenosas (MAVs):
• Avaliação de malformações vasculares na região cervical.
2. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
• Isquemia Cerebral:
• Pesquisa de oclusões arteriais em pacientes com sintomas de AVC isquêmico.
• Planejamento para trombólise ou trombectomia mecânica.
• AVC Crônico ou Recorrente:
• Avaliação de alterações vasculares que podem estar relacionadas a eventos prévios.
• Embolia Cerebral:
• Identificação de fontes arteriais de êmbolos.
3. Doenças Traumáticas
• Dissecção Arterial Traumática:
• Diagnóstico de dissecções em artérias carótidas ou vertebrais após trauma cervical.
• Pseudoaneurismas:
• Avaliação de lesões arteriais causadas por trauma.
• Lesões Vasculares Traumáticas:
• Identificação de rupturas arteriais ou hematomas vasculares.
4. Cefaleias e Síndromes Neurológicas
• Cefaleias Vasculares:
• Investigação de cefaleias associadas a doenças vasculares cervicais, como dissecções.
• Síndrome de Roubo da Subclávia:
• Avaliação de fluxo arterial anômalo com desvio para o lado vertebral.
• Neuralgias Cervicais:
• Pesquisa de compressões arteriais relacionadas a sintomas neurológicos.
5. Tumores e Compressões Vasculares
• Tumores da Base do Crânio ou Região Cervical:
• Avaliação do envolvimento vascular de tumores, como glomus carotídeo.
• Compressões Vasculares:
• Diagnóstico de compressões arteriais por massas cervicais.
6. Avaliação Pós-Cirúrgica ou Pós-Procedimento
• Pós-Endarterectomia Carotídea:
• Monitoramento de patência arterial e pesquisa de complicações.
• Pós-Colocação de Stent:
• Avaliação de stents nas artérias carótidas e vertebrais.
• Controle de Cirurgias Vasculares:
• Identificação de reestenoses ou outras complicações pós-operatórias.
7. Doenças Congênitas ou Hereditárias
• Anomalias Vasculares Congênitas:
• Pesquisa de duplicação ou hipoplasia das artérias cervicais.
• Displasia Fibromuscular:
• Diagnóstico de irregularidades arteriais em jovens com hipertensão ou sintomas de isquemia.
8. Planejamento de Procedimentos
• Cirurgias de Revascularização:
• Avaliação de vasos doadores e receptores antes de revascularizações cerebrais.
• Tratamentos Endovasculares:
• Planejamento para embolização de aneurismas ou MAVs.
Vantagens da Angiotomografia Arterial Cervical
• Alta Sensibilidade:
• Permite diagnóstico detalhado de estenoses, dissecções e outras alterações vasculares.
• Rápida Execução:
• Ideal para emergências, como AVC isquêmico ou trauma cervical.
• Menos Invasivo:
• Substitui a angiografia convencional em muitas situações diagnósticas.
Contraindicações e Precauções
• Insuficiência Renal:
• Avaliar função renal (creatinina e TFG) antes do exame devido ao uso de contraste iodado.
• Alergia ao Contraste Iodado:
• Considerar pré-medicação ou alternativas diagnósticas.
• Gestação:
• Evitar salvo em situações de extrema necessidade.
Quando Priorizar a Angiotomografia Arterial Cervical
• Diagnóstico de estenoses ou dissecções arteriais.
• Investigação de causas vasculares de AVC.
• Avaliação de lesões traumáticas vasculares cervicais.
• Planejamento de intervenções endovasculares ou cirúrgicas.
Nota: A angiotomografia arterial cervical é uma ferramenta indispensável para avaliação de doenças vasculares cervicais, sendo crucial em emergências e no planejamento de terapias. A decisão pelo exame deve considerar a suspeita clínica e as condições do paciente.