sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Protocolo de Radiografia da Coluna Torácica

PROTOCOLO PARA RADIOGRAFIA DA COLUNA TORÁCICA


1. Indicações Clínicas

Trauma da coluna torácica

Escoliose

Espondilólise e espondilolistese

Osteoporose com suspeita de fratura

Doenças degenerativas (hérnia de disco, osteoartrose)

Processos infecciosos ou neoplásicos

Avaliação pós-operatória

Dor torácica de origem incerta

2. Preparação do Paciente

Remover objetos metálicos próximos à região examinada (correntes, sutiã com armação metálica, piercings, botões).

Explicar ao paciente a necessidade de permanecer imóvel durante a exposição.

Mulheres em idade fértil devem ser questionadas sobre possível gravidez.

Proteger gônadas, quando possível, sem interferir na imagem.

3. Posicionamento


A) Projeção Anteroposterior (AP)

Posição do paciente: Decúbito dorsal ou ortostático.

Posição do chassi: Centralizado na coluna torácica (aproximadamente na altura de T7).

RC (Raio Central): Direcionado perpendicularmente ao centro da coluna torácica, na altura do esterno inferior.

Colimação: Ajustada para incluir toda a extensão da coluna torácica (T1-T12).

Respiração: Exposição realizada na inspiração para expandir os pulmões e melhorar o contraste entre as vértebras e os tecidos moles.


B) Projeção Lateral

Posição do paciente: Decúbito lateral ou ortostático com os braços elevados para não interferirem na imagem.

Posição do chassi: Centralizado na coluna torácica.

RC: Perpendicular à coluna torácica, incidindo no ponto médio de T7.

Colimação: Ajustada para incluir toda a extensão da coluna torácica.

Respiração: Exposição feita na expiração para reduzir o efeito do movimento do diafragma.

Técnica compensatória: Para melhorar a visualização das vértebras torácicas superiores (T1-T3), pode-se utilizar a técnica do “swimmer’s view” (projeção lateral com o braço do lado próximo ao detector elevado).


C) Projeção Oblíqua (se indicada)

Posição do paciente: Rotação de 20° a 30° para direita e esquerda, decúbito dorsal ou em pé.

RC: Direcionado para T7.

Finalidade: Melhor visualização das facetas articulares e processos articulares.

4. Parâmetros de Aquisição

kVp: 75-90 kVp (AP e lateral)

mAs: Ajustado conforme a espessura do paciente (uso de AEC – Controle Automático de Exposição – recomendado)

FFD (Distância Foco-Filme): 100-150 cm

Uso de grade antidispersora: Indicado para minimizar radiação espalhada e melhorar o contraste da imagem.

5. Considerações Especiais

Pacientes com dor intensa ou politraumatizados: Pode ser realizada uma projeção lateral com raio horizontal sem movimentação do paciente.

Uso de Proteção: Sempre que possível, utilizar proteção gonadal, desde que não interfira na região de interesse.

Técnica compensatória para T1-T3: Se as primeiras vértebras torácicas não forem bem visualizadas na projeção lateral, recomenda-se a projeção de nadador (“swimmer’s view”).

Reconstrução digital: Em sistemas CR ou DR, a imagem pode ser ajustada digitalmente para melhorar contraste e nitidez.