PROTOCOLO PARA RADIOGRAFIA DA COLUNA TORÁCICA
1. Indicações Clínicas
• Trauma da coluna torácica
• Escoliose
• Espondilólise e espondilolistese
• Osteoporose com suspeita de fratura
• Doenças degenerativas (hérnia de disco, osteoartrose)
• Processos infecciosos ou neoplásicos
• Avaliação pós-operatória
• Dor torácica de origem incerta
2. Preparação do Paciente
• Remover objetos metálicos próximos à região examinada (correntes, sutiã com armação metálica, piercings, botões).
• Explicar ao paciente a necessidade de permanecer imóvel durante a exposição.
• Mulheres em idade fértil devem ser questionadas sobre possível gravidez.
• Proteger gônadas, quando possível, sem interferir na imagem.
3. Posicionamento
A) Projeção Anteroposterior (AP)
• Posição do paciente: Decúbito dorsal ou ortostático.
• Posição do chassi: Centralizado na coluna torácica (aproximadamente na altura de T7).
• RC (Raio Central): Direcionado perpendicularmente ao centro da coluna torácica, na altura do esterno inferior.
• Colimação: Ajustada para incluir toda a extensão da coluna torácica (T1-T12).
• Respiração: Exposição realizada na inspiração para expandir os pulmões e melhorar o contraste entre as vértebras e os tecidos moles.
B) Projeção Lateral
• Posição do paciente: Decúbito lateral ou ortostático com os braços elevados para não interferirem na imagem.
• Posição do chassi: Centralizado na coluna torácica.
• RC: Perpendicular à coluna torácica, incidindo no ponto médio de T7.
• Colimação: Ajustada para incluir toda a extensão da coluna torácica.
• Respiração: Exposição feita na expiração para reduzir o efeito do movimento do diafragma.
• Técnica compensatória: Para melhorar a visualização das vértebras torácicas superiores (T1-T3), pode-se utilizar a técnica do “swimmer’s view” (projeção lateral com o braço do lado próximo ao detector elevado).
C) Projeção Oblíqua (se indicada)
• Posição do paciente: Rotação de 20° a 30° para direita e esquerda, decúbito dorsal ou em pé.
• RC: Direcionado para T7.
• Finalidade: Melhor visualização das facetas articulares e processos articulares.
4. Parâmetros de Aquisição
• kVp: 75-90 kVp (AP e lateral)
• mAs: Ajustado conforme a espessura do paciente (uso de AEC – Controle Automático de Exposição – recomendado)
• FFD (Distância Foco-Filme): 100-150 cm
• Uso de grade antidispersora: Indicado para minimizar radiação espalhada e melhorar o contraste da imagem.
5. Considerações Especiais
• Pacientes com dor intensa ou politraumatizados: Pode ser realizada uma projeção lateral com raio horizontal sem movimentação do paciente.
• Uso de Proteção: Sempre que possível, utilizar proteção gonadal, desde que não interfira na região de interesse.
• Técnica compensatória para T1-T3: Se as primeiras vértebras torácicas não forem bem visualizadas na projeção lateral, recomenda-se a projeção de nadador (“swimmer’s view”).
• Reconstrução digital: Em sistemas CR ou DR, a imagem pode ser ajustada digitalmente para melhorar contraste e nitidez.