PROTOCOLO PARA RADIOGRAFIA DO ESTERNO
1. Indicações Clínicas
• Trauma torácico com suspeita de fratura esternal
• Osteomielite ou infecção do esterno
• Avaliação de tumores ósseos ou metástases
• Pós-operatório de cirurgia esternal (ex.: esternotomia para cirurgia cardíaca)
• Anomalias congênitas (ex.: pectus excavatum ou carinatum)
2. Preparação do Paciente
• Remover objetos metálicos da região torácica (correntes, roupas com botões metálicos, sutiãs com armação).
• Explicar ao paciente a necessidade de permanecer imóvel durante a aquisição das imagens.
• Questionar sobre possível gravidez em mulheres em idade fértil.
• Proteger gônadas sempre que possível, sem comprometer a área de interesse.
3. Posicionamento
A) Projeção Oblíqua Anterior Direita (PAO) – Padrão
• Posição do paciente: Ortostático ou em decúbito ventral, rotacionado 15° a 20° para o lado direito.
• Posição do chassi: Vertical (se ortostático) ou sob o tórax (se decúbito ventral), centrado no esterno.
• RC (Raio Central): Direcionado perpendicularmente ao meio do esterno, na altura de T7.
• Colimação: Ajustada para incluir todo o esterno.
• Respiração: Técnica de respiração com exposição realizada durante inspiração superficial para minimizar movimento.
B) Projeção Lateral (Ortostática ou Decúbito Lateral)
• Posição do paciente: Ortostático, com o lado esquerdo encostado no bucky e braços cruzados atrás das costas para projetar o tórax para frente.
• RC: Direcionado perpendicular ao meio do esterno, na altura de T7.
• Colimação: Ajustada para incluir todo o esterno.
• Respiração: Realizar exposição em inspiração máxima para melhor contraste entre o esterno e as estruturas torácicas.
4. Parâmetros de Aquisição
• kVp: 70-80 kVp (oblíqua) / 80-90 kVp (lateral)
• mAs: Ajustado conforme o biotipo do paciente (uso de AEC pode ser indicado)
• Distância foco-filme (FFD):
• 100 cm para a oblíqua anterior
• 150-180 cm para a lateral (para reduzir ampliação)
• Uso de grade: Sim, para melhorar contraste e nitidez.
5. Considerações Especiais
• Paciente politraumatizado: Se não puder assumir a posição oblíqua, pode-se tentar uma oblíqua supina ou AP direta, com menor qualidade diagnóstica.
• Técnica de respiração: Para reduzir movimento e aumentar a nitidez do esterno, pode-se usar tempos de exposição mais longos com respiração controlada.
• Exames complementares: A tomografia computadorizada pode ser recomendada em casos de trauma para melhor detalhamento das fraturas.