PROTOCOLO PARA SEQUÊNCIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) – DIFUSÃO (DWI) ALL B-1000 – AXIAL
A sequência DWI (Diffusion-Weighted Imaging) permite avaliar a difusão das moléculas de água nos tecidos, sendo essencial para o diagnóstico de lesões isquêmicas, neoplásicas e inflamatórias.
1. Indicações Clínicas
• Detecção precoce de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.
• Caracterização de tumores e diferenciação entre lesões benignas e malignas.
• Investigação de abscessos e processos infecciosos.
• Monitoramento de resposta a terapias oncológicas.
• Avaliação de doenças neurodegenerativas.
2. Parâmetros da Sequência DWI – B1000
Parâmetro |
Configuração Recomendada |
---|---|
Plano de Aquisição |
Axial |
Espessura de Corte |
3-5 mm |
Matriz |
128 x 128 ou 192 x 192 |
FOV (Campo de Visão) |
220-250 mm |
TR (Tempo de Repetição) |
3000-8000 ms |
TE (Tempo de Eco) |
60-120 ms |
Fatores B (b-values) |
b=0 e b=1000 (padrão clínico) |
Modo de Aquisição |
EPI (Echo-Planar Imaging) |
NEX (Excitações) |
2-4 |
Uso de Filtro |
Sim (para redução de artefatos de distorção) |
Correção de Artefatos |
Sim (opcional: redução de susceptibilidade magnética) |
3. Benefícios da Técnica DWI B1000
• Alta sensibilidade para detecção de AVC isquêmico precoce (primeiras horas após o evento).
• Diferenciação entre tumores de alto e baixo grau com base na restrição de difusão.
• Capacidade de diferenciar abscessos bacterianos de tumores neoplásicos.
• Auxilia no planejamento cirúrgico e na definição de áreas viáveis para biópsia.
4. Considerações Especiais
• Para cálculo de mapas ADC (Coeficiente de Difusão Aparente) → Recomenda-se aquisição com b=0, b=500 e b=1000.
• Artefatos de susceptibilidade magnética podem ocorrer, especialmente em regiões próximas a interfaces ar-tecido (seios paranasais e mastoides).
• Uso de DWI em outros órgãos → Técnicas adaptadas podem ser utilizadas para fígado, próstata e musculoesquelético.
• Comparação com outras sequências → T2 FLAIR e SWI podem ajudar na diferenciação de lesões vasculares e hemorrágicas.