sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

 

PROTOCOLO PARA SEQUÊNCIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) – DIFUSÃO (DWI) ALL B-1000 – AXIAL


A sequência DWI (Diffusion-Weighted Imaging) permite avaliar a difusão das moléculas de água nos tecidos, sendo essencial para o diagnóstico de lesões isquêmicas, neoplásicas e inflamatórias.

1. Indicações Clínicas

Detecção precoce de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.

Caracterização de tumores e diferenciação entre lesões benignas e malignas.

Investigação de abscessos e processos infecciosos.

Monitoramento de resposta a terapias oncológicas.

Avaliação de doenças neurodegenerativas.

2. Parâmetros da Sequência DWI – B1000

Parâmetro

Configuração Recomendada

Plano de Aquisição

Axial

Espessura de Corte

3-5 mm

Matriz

128 x 128 ou 192 x 192

FOV (Campo de Visão)

220-250 mm

TR (Tempo de Repetição)

3000-8000 ms

TE (Tempo de Eco)

60-120 ms

Fatores B (b-values)

b=0 e b=1000 (padrão clínico)

Modo de Aquisição

EPI (Echo-Planar Imaging)

NEX (Excitações)

2-4

Uso de Filtro

Sim (para redução de artefatos de distorção)

Correção de Artefatos

Sim (opcional: redução de susceptibilidade magnética)

3. Benefícios da Técnica DWI B1000

Alta sensibilidade para detecção de AVC isquêmico precoce (primeiras horas após o evento).

Diferenciação entre tumores de alto e baixo grau com base na restrição de difusão.

Capacidade de diferenciar abscessos bacterianos de tumores neoplásicos.

Auxilia no planejamento cirúrgico e na definição de áreas viáveis para biópsia.

4. Considerações Especiais

Para cálculo de mapas ADC (Coeficiente de Difusão Aparente) → Recomenda-se aquisição com b=0, b=500 e b=1000.

Artefatos de susceptibilidade magnética podem ocorrer, especialmente em regiões próximas a interfaces ar-tecido (seios paranasais e mastoides).

Uso de DWI em outros órgãos → Técnicas adaptadas podem ser utilizadas para fígado, próstata e musculoesquelético.

Comparação com outras sequênciasT2 FLAIR e SWI podem ajudar na diferenciação de lesões vasculares e hemorrágicas.