Resumo: Declaração de Posição ACR–ASNR sobre o Uso de Meios de Contraste à Base de Gadolínio (GBCA)
A American College of Radiology (ACR) e a American Society of Neuroradiology (ASNR) estabeleceram diretrizes sobre o uso seguro e eficaz dos meios de contraste à base de gadolínio (GBCA), considerando segurança, retenção no organismo e indicações clínicas.
1. Segurança e Retenção de Gadolínio
- Estudos mostram que pequenas quantidades de gadolínio podem ser retidas no cérebro, ossos e outros tecidos após a administração.
- Não há evidências clínicas de que essa retenção cause efeitos adversos na população geral.
- Meios de contraste macrocíclicos são preferidos, pois apresentam menor retenção do que os lineares.
2. Indicações e Uso Apropriado
- O gadolínio deve ser utilizado quando houver benefício clínico claro.
- Evitar uso desnecessário, especialmente em pacientes de baixo risco.
- As doses devem ser as menores possíveis para obtenção da informação diagnóstica.
3. Uso em Pacientes com Doença Renal
- Pacientes com insuficiência renal severa (TFG < 30 mL/min/1,73m²) têm risco de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN).
- Para esses pacientes, o uso de GBCA deve ser criterioso, preferindo-se agentes de menor risco.
- Monitoramento da função renal antes da administração é recomendado em grupos de risco.
4. Considerações em Pacientes Pediátricos e Gestantes
- Em crianças, a dose deve ser ajustada pelo peso (0,1 mmol/kg).
- O uso em gestantes deve ser evitado, salvo em situações indispensáveis.
5. Conclusão
O uso de gadolínio deve ser baseado em indicação clínica clara, minimizando a dose e escolhendo agentes mais seguros. Pacientes com insuficiência renal requerem avaliação cuidadosa, e a administração em gestantes deve ser evitada sempre que possível.